sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vai um queijo?



Já não me recordo quando foi a última vez que tive uma vigem tranquila dentro de um ônibus urbano, sempre dava tempo de dar aquela soneca gostosa, mesmo quando o trânsito estava horrível. Me lembro como se fosse ontem, “ - Atenção senhores passageiros, desculpe estar incomodando vocês, mais deixei com vocês as deliciosas balas medicinais de mangarataia com mel e limão, que ajuda a combater a tose, rouquidão e o ram ram ram ram ram ram.... da garganta, pela uma quantia de ….”, os dizeres se aproximam disso, desde então, os coletivos urbanos vem sendo um palco de comércio ambulante, uma disputa de espaço e renda extra rápida. As balas medicinais de pimenta do reino, não sei para que serve, eram vendidas como balas de mangarataia com sabor açúcar, um efeito hiroshima, tive que dar adeus as tranquilas sonecas que eram interrompidas por esses vendedores que se tornaram chatos, mas em alguns momentos as crianças como texto quase decorado exageravam no “ranhammm” se tornaram personagem cômicos.
Vamos dizer que se originou um novo modo de comércio, “Ambulante-bus”, pois a modalidade permite a entrada dos mesmos pela frente, vendendo revistas infantis, livro de pintar, caderno de caligrafia, picolé, cartões de datas comemorativas, canetas, bonecos, chaveiros e principalmente balas e chicletes. As vezes chega entrar mais de três pessoas em uma única viagem, ou seja, mal sai um entra outro.
Embora a situação seja rotineira, é fato surpreendente uma pessoa vendendo queijo quente dentro do coletivo, sua mini churrasqueira, queijo na brasa, odor do tira gosto era exalado em todo o coletivo.
“- Vai um queijo?”, para o motorista, que não se incomodava e nem se importou com os prováveis acidentes que poderiam ocorrer com aquela mini churrasqueira com queijo na brasa.

Abaixo uma foto rápida do episódio.